Passadas as festas de final de ano é comum escutarmos falar em desintoxicação. Mas também há muitas dúvidas e mitos sobre esse assunto… Funciona? Não funciona?? Como faz?? Serve pra quê??
Hoje vou explorar o tema desintoxicação, com o qual trabalho desde 2004 e, de modo geral, abordo logo na primeira consulta, inclusive no atendimento de crianças.
Para entender o processo de desintoxicação temos que compreender primeiro que:
- Estamos expostos diariamente a inúmeras toxinas que vêm de origem externa ao organismo e também de origem interna, produzidas pelo próprio corpo como resíduo de processos metabólicos;
- O organismo por sua vez, possui órgãos e sistemas responsáveis pela eliminação de toxinas, sendo a remoção de substâncias tóxicas do corpo uma das funções mais importantes do fígado, trato gastrointestinal inferior e rins;
- No entanto, para que esses órgãos e sistemas consigam realizar suas funções com eficiência, necessitam de nutrientes e fitoquímicos, que precisam vir através da nossa alimentação.
Dentre as toxinas de origem externa que estamos expostos estão compostos voláteis presentes em materiais de limpeza, medicamentos, álcool, pesticidas e aditivos de alimentos. Além dos metais pesados como chumbo, mercúrio, cádmio, arsênico, níquel e alumínio, presentes em embalagens, utensílios de cozinha, tintas, cosméticos e alimentos como em peixes. Já as toxinas de origem interna incluem bactérias, fungos e produtos derivados do metabolismo normal das proteínas (ureia e creatinina).
Alta quantidade de carga tóxica no organismo altera a produção de hormônios, prejudica a função de vários órgãos e aumenta o risco de desenvolvimento de inúmeras doenças, especialmente as de origem inflamatória. Além de sobrecarregar a própria função de destoxificação do fígado, aumentando o acúmulo de toxinas no tecido adiposo, ósseo e cerebral.
Por outro lado, reduzir a exposição às toxinas de origem externa e aumentar a ingestão de nutrientes e fitoquímicos é o que pode ativar o processo de eliminação de toxinas do corpo.
Assim, um plano alimentar destoxificante é aquele que:
– Aumenta o consumo de alimentos orgânicos em detrimento dos convencionais (cheios de agrotóxicos);
– Possui na sua maior parte alimentos naturais e reduz o consumo de industrializados ricos em aditivos químicos;
– Inclui diariamente porções de alimentos ricos em compostos bioativos como: glicosinolatos (presentes nas brássicas: repolho, couve-flor, couve-manteiga, brócolis, agrião, rúcula), curcumina presente no açafrão, flavonoides presentes no alecrim e catequinas do chá verde. Além das fontes de vitaminas e minerais, presentes em frutas, legumes, verduras e alimentos integrais*.
*Importante ressaltar que apesar de possuírem propriedade bioativas importantes esses alimentos não são indicados para todas as pessoas, devendo buscara orientação individualizada sobre quais são adequados para a sua situação de saúde, idade, etc.
– E para finalizar ÁGUA, em quantidade adequada a sua necessidade, pra carregar as toxinas para fora o corpo.
Ficou mais claro??
Por isso costumo dizer que desintoxicação não é uma dieta e sim um estilo de alimentação, que todas as pessoas em qualquer faixa etária podem se beneficiar.
Bora viver com menos toxinas e mais saúde!!
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